sexta-feira, 11 de julho de 2014

PESSOAS E NÚMEROS SÃO IMPERFEITOS


Grandes números! Números espantosos. O da imagem foi publicado num post sobre as medições feitas durante algumas partidas da Copa das Copas (clique aqui). Insisti no tema sobre o qual também escrevi ontem porque acredito que, a partir desses números uma série de tendências de consumo serão definidas para a indústria, a política, os esportes, a moda, o show business,os produtos de higiene pessoal, os serviços de telefonia, hotelaria e, quem sabe, o mercado de seguros.  Vou incluir nesses cálculos os números registrados em uma constatação dos pesquisadores Jean Kilbourne e Jackson Katz, citados por Brené Brown, no livro A arte da imperfeição:
"Propaganda é uma indústria de US$ 200 bilhões por ano. Cada um de nós é exposto a mais de três mil anúncios por dia. Ainda assim, surpreendentemente, a maioria acredita que não é influenciada pela propaganda. (...) Os anúncios vendem muito mais do que os produtos. Eles vendem valores, imagens, conceitos de sucesso e merecimento, amor e sexualidade, popularidade e normalidade. Eles nos vendem quem somos e quem deveríamos ser. Às vezes, eles vendem vícios".
A complexidade sugere menos ingenuidade

A boa notícia é que o exercício vertical da Comunicação Corporativa está se esgotando. A consultora Vânia Bueno faz uma análise realista sobre o desconforto provocada pela quantidade da informação em contraposição à qualidade. Verdade, transparência, coerência, confiança, respeito estão na base de um modelo mais evoluído de Comunicação



Fiz questão de incluir uma leitura humanizada de processos, métodos e abordagens de Comunicação, para lembrar que a realidade - por mais que possa ser controlada - tem sempre um aspecto que escapa às nossas pretensões de manipulação. E é nessa brecha que pode surgir o que Vânia Bueno chama de desenvolvimento organizacional e desenvolvimento das competências humanas - que são processos interdependentes.

Comunicação mais humana reconhece a complexidade. Transparência e precisão são importantes e são também relativas. Os números que sustentaram as decisões técnicas na Copa das Copas não foram coerentes para justificar resultados. Daí a reação legítima da sociedade global. 

Comunicação responsável nos reaproxima e nos reposiciona em relação à realidade. É um rito de passagem da ilusão à verdade na forma como os atores sociais se relacionam.  A partir desse processo de reeducação, de busca pela qualidade das relações e para a manutenção do sucesso corporativo, como diferencial competitivo.

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