quinta-feira, 23 de junho de 2016

PREPARADO PARA INTERAGIR COM OS MILLENNIALS?

Pergunta 1: se a sua empresa receber um contato imediato de um millennial gamer, aceitará interagir?

Pergunta 2: quem será destacado para a interação?

Pergunta 3: a interação será uma perda de tempo ou vai gerar engajamento?
Bom, a partir desta imagem e do posicionamento do Bradesco a partir da pergunta do cliente, é possível escrever muitas perguntas. É possível escrever uma dissertação, uma tese. Mas aqui eu vou me limitar ao post.

O que me chama a atenção no texto - além da tradução, da tecla SAP, para entender com seriedade a pergunta do cliente - a competência da resposta para fazer Relacionamento, ComunicaçãoEducação Financeira! O cliente desafiou. A empresa entendeu o recado, surpreendeu, encantou e engajou... Deve ter vendido produto também. Game over!



Confesso que só li a imagem porque achei curioso, engraçado, admirável. Mas terminei percebendo como desconcertante essa troca de mensagens. Porque eu - apesar de muita estrada na área de Comunicação - não tenho esse preparo. Não domino a linguagem e o universo dos games. Também não sei se - no meu caso - algum dia eu terei uma oportunidade de interação dessa categoria. Mas é sempre bom estar ao menos sensível e avisado para a possibilidade. Vou destacar um recado publicado na a matéria A simplificação da Previdência Complementar da Revista Fundos de Pensão n° 404:

"Os fundos de pensão precisam ainda encontrar ferramentas novas para se comunicar com o seu público-alvo e, para isso, será necessário mudar as regras de modo que as EFPC tenham recursos próprios para investir em comunicação e tecnologia da informação, observa Adacir Reis. 'Hoje os recursos são todos dos planos, mas se a entidade não tiver como aplicar em TI, ela não poderá se conectar com o público atual'".
Concordo com tudo. Mas acho que esse investimento e essa mudança de regras deve ser acompanhado por uma mudança cultural, uma revitalização do posicionamento que privilegia e faz prevalecer os aspectos técnicos nas principais oportunidades de expressão institucional. 

Essa reflexão e autocrítica para o redirecionamento são fundamentais, especialmente porque estamos no Brasil. Além das dimensões continentais e da assimetria informacional, que tornam a Educação Financeira e Previdenciária um desafio gigantesco, temos a descontração, a criatividade e a informalidade como traços comportamentais e que devem ser entendidos como oportunidade, como fez o Bradesco

Na mesma edição da Revista Fundos de Pensão, o artigo A Educação Financeira na Europa aponta: 
"O estudo [sobre a plataforma Money Wise] concluiu ainda que  é preciso investir mais em posturas e habilidades ao invés de focar exclusivamente o conhecimento a fim de se promover um comportamento financeiro responsável. Segundo os pesquisadores, é bem verdade que a mudança de atitude leva tempo, devendo ter início em idade precoce, tanto que crianças e adolescentes que aprenderam a lidar com dinheiro são menos propensos a enfrentar problemas financeiros na fase adulta".
Dessas referências é possível concluir que a Educação Financeira e Previdenciária é um patrimônio comum. E, por meio dela, todos crescem.


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