terça-feira, 20 de junho de 2017

PAIXÃO PELAS PESSOAS É ESTRATÉGIA PARA SER PRODUTIVO E FELIZ

As oportunidades que tive para conhecer sociólogos sempre foram muito transformadoras. Eles fazem a gente enxergar além!!! Minha orientadora, Maria Cristina Castilho Costa, é socióloga. Há algum tempo, na banca de defesa do meu mestrado, o único Octávio Ianni estava lá para propor uma reflexão e uma ampliação da minha pesquisa sobre a influência dos dados quantitativos na Comunicação, analisados pela perspectiva sistêmica. Um luxo! Aventuras assim são atemporais, eternas, singulares.

Então, é sempre bom estar preparado para conhecer sociólogos! Recomendo o estado de alerta, mas não sei se é exatamente possível praticar. Explico! Em maio/2017, a serviço da TV ABRAPP, precisei entrevistar o sociólogo Artur Roman. Eu estava pautada para a abordagem: ele falaria sobre os temas arte da palavra e argumentação. E foi assim, munida desses elementos e meu repertório pessoal sobre Comunicação que eu fiz o convite para a gravação do conteúdo do vídeo.

De verdade? Ele deu o primeiro pocket show sobre Comunicação na Pós-Modernidade. Eu fiquei atordoada! Entendi que tratava-se de over dose de informação qualificada concentrada. Mais tarde, comecei a pensar sobre o conteúdo como um convite para a mudança de comportamento. Ouvir mais! Diferenças como oportunidades para ser um ser humano melhor. Usar a objetividade e a efetividade na Comunicação para ser mais afetivo, ter mais tempo e transcender. Apaixonante!


Agora em junho/2017, novamente a serviço da TV ABRAPP, reencontrei o professor. Desta vez, além avisada, consegui assistir à palestra que ele preparou para tratar  dos Recursos Humanos na Pós Modernidade. 

Aprendi que na Pós Modernidade, a capacidade de adaptação é decisiva para a preservação ou extinção de espécies. Os 120 milhões de anos não foram suficientes para evitar que os dinossauros fossem superados como espécie. Aprendi também que Borboletas e Mariposas são o símbolo da Pós Modernidade. A diversidade e a fluidez são características que criam proximidade.  
Slide da palestra Um olhar dos Recursos Humanos na Pós Modernidade, de Artur Roman
O desafio mundo do trabalho hoje exige ambientar dinossauros e borboletas. Porque a Pós Modernidade é troca intergeracional significativa, é diversidade, criatividade, inovação, é utilização de competências múltiplas, é articulação de inteligência coletiva, é exploração não mais do trabalho, mas da alma! Não é uma tarefa simples. Mas dela depende a continuidade do ser humano como espécie.

Pode parecer paradoxal, porque a máquina hoje está muito em evidência. Pessoas, apaixonadamente, preferem olhar para seus smartphones mesmo quando o avião sobrevoa todas as paisagens iluminadas do Rio de Janeiro. Pessoas com fones de ouvidos deixam escapar um pássaro cantando ou outra pessoa se expressando. Pessoas com seus tablets e notebooks buscam sozinhas soluções para problemas quando poderiam compartilhar em prosa [e verso] respostas, questionamentos, inquietações.

Penso que recriar a surpresa da vida está nos bastidores dessa coisa toda do exercício da Pós Modernidade. Ver nas PESSOAS o apelo maior para todas as nossas atenções, esse é para mim salto de transcendência do eu para o nós, da consciência que exige o pós.
Slide da palestra Um olhar dos Recursos Humanos na Pós Modernidade, de Artur Roman
Penso que o vídeo que gravamos reflete essa orientação com mais propriedade. É com ele que encerro este post e uma provocação do sociólogo Michel Maffesoli: "Tento dizer, então, de maneira um tanto provocativa, que nas diversas manifestações da vida social não há simplesmente a racionalidade, e sim as emoções, as paixões". 

Nenhum comentário:

Postar um comentário