terça-feira, 14 de novembro de 2017

MATEMÁTICA: VAMOS RECONTAR ESTA HISTÓRIA!!!

Esta semana o Jornal Nacional vai apresentar uma série sobre a presença e importância da Matemática na vida cotidiana. Fico pensando: quando superarmos o medo do que nos parece complexo ao pensamento, dominaremos o mundo. Veja a chamada: 

Assustadora, ela está nas coisas mais simples da vida: a matemática



A reportagem é boa. Gostaria que mostrasse também o diferencial competitivo de quem entende de cálculos, projeções, decisões com base em análise de dados. A vida intuitiva - no século 21 - tende a dar mais espaço para essa competência que se adquire por meio dos números. A Tecnologia da Informação exige esse reposicionamento! Nós exigimos, quando buscamos por precisão, rapidez, mitigação de riscos, garantias de resultados. Mesmo a Comunicação - que até o século 20 era considerada parceira da criatividade, do subjetivismo, da interpretação - passou a ser monitorada por recursos de medição, indicadores, dados estatísticos.

A Matemática está no compasso ou descompasso das nossas veias. A gente vê o número no monitor e sabe se a pressão sanguínea está ou não normal. Os batimentos cardíacos. Os impulsos elétricos. Quantos alunos cabem em uma sala de aula? Quantos passam no exame do ENEN? Quanta cidadania e dignidade poderia ser resgatada com a mitigação da corrupção no Brasil e no mundo?

Ainda ontem, escrevi uma matéria sobre o trabalho de um padre. É impressionante o número de casamentos, batizados, missas, reuniões, doações, aulas para adultos - entre outras atividades - que uma igreja pode realizar. Tive acesso a todos esses dados. E precisei conciliá-los em uma história coerente.

Pessoas exponenciais

Tenho insistido em uma leitura considerada meio que bíblia do século 21: Organizações exponenciais - por que elas são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas que a sua (e o que fazer a respeito) - de Salim Ismail, Michael Malone e Yuri Van Geest, rrio da Singularity University.

Entre outras ideias associadas à Tecnologia, eles revêm o conceito de abundância no século 21 - tratado também por Peter Diamandis - em contrapartida ao conceito de escassez presente em toda história da humanidade. Organizações exponencias geram impactos em escala. Transformam o mundo e o comportamento. Os exemplos são muitos. E os cientistas estão realmente entusiasmados com a celeridade dos avanços.

Há, entretanto, uma conta que não fecha: a distribuição, a democratização do acesso a esses avanços. Isso ainda é uma incógnita. No início deste século, quando preparei minha dissertação de mestrado e defendi na academia uma reflexão sobre a importância dos dados quantitativos na linguagem jornalística, minha ideia era estimular a discussão sobre essa competência que pode desenvolver a exponencialidade nas PESSOAS. O empoderamento - que naquela época eu chamei de cidadania e autonomia. 

Porque um leitor autônomo - com pensamento livre - tem mais recursos da razão para justamente se posicionar diante da escassez, da abundância, da distribuição, da concentração. Ele tem uma relação mais orgânica e não de medo ("assustadora matemática") com o mundo. Isso vale para o leitor, o telespectador e, principalmente, para o jornalista. Vale para todos. 

E a superação dessa limitação talvez desencadeie o que a Física chama de Efeito Borboleta - reação em escala - a favor de uma relação mais harmônica entre a espécie humana. Sei, parece projeções de Poliana!!!! Mas, Cara Pálida, só faz sentido se mudar para melhor. Eu penso assim!

E fica uma pergunta na minha imaginação: será que nós que criamos narrativas - corporativas, educativas, jornalísticas, publicitárias - sobre o mundo, desenvolveremos novas habilidades para contar números, histórias sobre números, prosas sobre homens, vida e futuro?

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